Descolamento prematuro da placenta

Esta complicação consiste na separação da placenta da parede uterina, onde a mesma se encontra implantada antes do parto.

Causas

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Em condições normais, a placenta desune-se da parede uterina no momento do parto consequente da expulsão do feto, no período conhecido como alumbramento. Todavia, em caso de descolamento prematuro, a placenta desune-se antes do final da gravidez, por vezes quando ainda faltam algumas semanas, em alguns casos somente alguns milímetros, mas noutros quase por completo, originando hemorragias que constituem uma emergência médica devido ao seu grande perigo.

Embora apenas seja possível determinar uma causa directa do problema em alguns casos, como por exemplo um traumatismo abdominal ou a existência de um cordão umbilical demasiado curto que exerça tracção sobre a placenta, constatou-se que o problema é mais comum nas mulheres com outros filhos, nas com mais de 40 anos, nas fumadoras e nas afectadas por hipertensão, diabetes ou doenças renais crónicas.

Manifestações e consequências

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O descolamento prematuro da placenta tem tendência para surgir no terceiro trimestre da gravidez, normalmente nas últimas semanas. As manifestações e consequências dependem da gravidade do descolamento, da sua localização e, sobretudo, da intensidade da hemorragia provocada pela ruptura dos vasos sanguíneos, Por vezes, forma-se uma acumulação de sangue entre a placenta e a parede uterina, designada hematoma retroplacentário, sem que o sangue chegue a sair pela vagina; caso o hematoma seja pequeno e o sangue fique retido no útero, pode não originar sinais ou sintomas evidentes e até passar despercebido até ao momento do parto, Contudo, costuma-se evidenciar uma brusca hemorragia vaginal, caracteristicamente de sangue escuro, muitas vezes acompanhada por uma dor abdominal intensa, Mesmo que o sangramento seja escasso, não reflecte a gravidade da hemorragia, pois pode ficar muito sangue retido no útero.

Este problema costuma ser muito perigoso tanto para o feto como para a mãe, Para o feto, o perigo reside no facto de o descolamento da placenta reduzir a área de troca sanguínea através da qual recebe oxigénio e nutrientes, Caso seja total, origina a morte do feto.

Por outro lado, para a mãe, o perigo reside na gravidade da hemorragia, que pode ser muito intensa, mesmo que não se exteriorize, e colocar a vida da grávida em risco.

Informações adicionais

Diagnóstico e terapêutica

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Caso se suspeite de um descolamento prematuro da placenta, devido ao aparecimento de uma hemorragia vaginal no último trimestre da gravidez, deve-se proceder imediatamente à hospitalização da grávida para se confirmar o diagnóstico e avaliar a sua situação, No hospital, deve-se efectuar um estudo ecográfico, de modo a determinar a existência de um hematoma retroplacentário, e uma monitorização cardiotocográfica, com vista a controlar o estado do feto.

A terapêutica depende do estado da mãe e do feto. Caso a hemorragia seja ligeira e o feto se encontre em perfeito estado, deve-se manter um comportamento expectante, recomendando-se simplesmente que a mulher se mantenha em repouso na cama e, enquanto se aguarda pelo final da gravidez, que realize consultas regulares. Contudo, o diagnóstico de um descolamento prematuro da placenta costuma, para além da adopção das medidas necessárias para se tratar a anemia materna provocada pela hemorragia e as eventuais complicações, implicar a imediata finalização da gravidez.

Incidência

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O descolamento prematuro da placenta evidencia-se numa em cada 250 gravidezes.

Para saber mais consulte o seu Obstetrícista / Ginecologista
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