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A alimentação tem como finalidade básica proporcionar ao organismo todas as substâncias nutritivas de que necessita. No entanto, muitas vezes comemos, não para cobrir as nossas necessidades orgânicas, mas apenas porque uma boa refeição nos dá prazer. De qualquer forma, não há nenhum mal nisto, pois não há nada melhor do que obter prazer com o que saboreamos e com os momentos que partilhamos com os nossos familiares e amigos enquanto o fazemos. Mas isso não quer dizer que deixemos de consumir o que o nosso organismo necessita, pois esse tipo de alimentação pode provocar o excesso ou a carência de determinados nutrientes, sempre com repercussões negativas.
Uma boa alimentação não prescinde necessariamente de uma boa refeição, mas tem uma condição: temos que saber o que estamos a comer e conhecer a composição nutricional dos alimentos. Não é preciso conhecê-los a todos, mas apenas os principais grupos e as suas características mais importantes. Na verdade, trata-se de um objectivo menos difícil do que parece à primeira vista, pois basta olhar para os alimentos numa perspectiva nutricional e ficamos, desde logo, a conhecer quais as semelhanças e as diferenças que existem entre eles, os que devem ser consumidos com maior moderação e os que devíamos consumir mais. E talvez o mais importante é saber os que têm um conteúdo muito idêntico, de forma a poder substituí-los pelos que mais gostamos, sem alterarmos o nosso equilíbrio nutricional.
Conhecem-se por este nome as listas que proporcionam os dados correspondentes aos principais elementos que constituem os alimentos mais comuns. Nas páginas seguintes, poderá encontrar várias tabelas deste tipo, cuja leitura atenta permitirá conhecer com exactidão o que se come, um factor extremamente útil para conseguir um melhor equilíbrio alimentar. O mais importante destas tabelas é a possibilidade de comparar alimentos e, na maioria dos casos, encontrar os que têm, no mesmo grupo, uma composição semelhante. No entanto, é necessário fazer algumas considerações, para evitar confusões:
• Deve-se ter em conta que os valores apresentados são simples projecções estatísticas, já que o conteúdo nutricional dos alimentos varia mediante factores como a espécie do animal ou a variedade do vegetal, a forma de criação ou de cultivo, as condições climatéricas ou o tipo e duração de armazenamento. Por isso, é possível que, ao comparar tabelas provenientes de diferentes fontes, encontre algumas diferenças.
• Numa tentativa de unificar os critérios, é apresentado para cada alimento o número correspondente a 100 g da porção comestível, ou seja, não é feita referência nem a unidades (como uma peça de fruta), nem a alimentos inteiros (após separar os ossos da carne, por exemplo).
• Por último, exceptuando os alimentos já conhecidos como, por exemplo, o pão, temos que contar em todas as ocasiões com o peso bruto do alimento antes da cocção (digestão dos alimentos no estômago), uma questão de máxima importância quando se trata, por exemplo, de produtos que ao longo da sua preparação absorvem água, como acontece com o arroz.