Cancro da vulva

Entre todos os tumores malignos do aparelho genital feminino, o cancro da vulva é o terceiro mais frequente.

Causas e frequência

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O cancro da vulva designa o desenvolvimento de uma aglomeração de células malignas nos órgãos genitais externos, nomeadamente nos grandes lábios, pequenos lábios e clítoris. Tendo em conta que estas células cancerosas se reproduzem a um ritmo muito mais rápido do que o normal, têm a tendência para, com o passar do tempo, se infiltrarem nos tecidos vizinhos e se disseminarem através da circulação linfática e sanguínea até órgãos mais ou menos afastados do foco original, onde formam metástases ou tumores secundários.

Embora ainda se desconheçam as causas, observou-se que o cancro da vulva atinge com maior frequência áreas previamente afectadas por outras lesões, como por exemplo vulvite crónica ou dilatação cutânea provocada por irritações e secura da zona, uma circunstância mais comum nas mulheres idosas.

De acordo com dados estatísticos, o cancro da vulva representa cerca de 4 a 5% dos tumores malignos do aparelho genital feminino e afecta maioritariamente mulheres que já ultrapassaram a menopausa.

Manifestações e evolução

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Durante as fases iniciais, a única manifestação do problema é a presença do próprio tumor, que normalmente se localiza nos grandes lábios, no clítoris ou próximo do meato urinário.

O aspecto da lesão inicial é variável. Trata-se, na maioria dos casos, de uma pequena proeminência de extremidades variáveis e com uma superfície normalmente rugosa, mas extremamente frágil, pois tem a tendência para sofrer fissuras e consequentemente sangrar, o que provoca a formação de úlceras. Noutros casos, surge desde o início como uma úlcera ou erosão da camada superficial da mucosa vulvar, de aspecto semelhante a uma úlcera e com bordos irregulares.

Dado que a lesão acaba por crescer, em qualquer dos casos, tanto em largura como em profundidade, o seu aumento de tamanho, nomeadamente quando alcança 1 a 2 cm de diâmetro, costuma provocar uma sensação de ardor. Por outro lado, nas fases relativamente iniciais do problema são igualmente frequentes algumas complicações, como a infecção do tumor, que fica inflamado e cheio de pus, pequenas hemorragias e, caso se localize próximo do meato urinário, desconforto ou dor durante as micções. Deve-se referir que, em muitos casos, estas complicações se evidenciam antes que a mulher afectada detecte a própria presença do tumor.

Caso o tumor não seja detectado e tratado oportunamente, continua a disseminar-se tanto em superfície como em profundidade, acabando por mais tarde ou mais cedo infiltrar os órgãos vizinhos, sobretudo a vagina, a uretra e o ânus. Ao mesmo tempo, as células cancerosas vão-se disseminando através da linfa e do sangue, originando o desenvolvimento de metástases nos gânglios linfáticos da região e noutros órgãos mais ou menos afastados. Nesta fase, o prognóstico da doença já começa a ser pouco favorável, pois os focos secundários costumam originar complicações fatais.

Informações adicionais

Tratamento

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Nas fases iniciais, altura em que o tumor ainda é pequeno e não atravessou a camada superficial da mucosa da vulva, o tratamento consiste essencialmente na extracção cirúrgica da lesão. Por outro lado, quando o tumor se encontra mais irradiado e se infiltrou nas camadas profundas da mucosa, deve-se remover toda a vulva e também os gânglios linfáticos da região. Para além disso, costuma-se recorrer, com alguma frequência, à aplicação complementar de radioterapia e, caso tenham surgido focos de metástases, também de quimioterapia.

Para saber mais consulte o seu Obstetrícista / Ginecologista
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