Embora o cancro do pénis seja pouco frequente, tal como todos os tumores malignos, é potencialmente muito grave.
Causas
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À semelhança de todos os tumores malignos, as causas do cancro do pénis são pouco conhecidas, embora existam alguns dados estatísticos que possam servir de base para a elaboração de determinadas teorias em relação ao assunto. Tendo em conta que o facto mais significativo relativa-mente à sua provável origem é a sua reduzida incidência em homens circuncidados e, pelo contrário, o número elevado de casos em homens afectados por fimose e com uma higiene pessoal reduzida, pensa-se que a acumulação de secreções por baixo do prepúcio provoca uma irritação persistente e o consequente desenvolvimento de infecções que poderiam favorecer a transformação maligna de células do septo interno do prepúcio ou da pele que reveste a glande, originando o desenvolvimento de um tumor maligno.
Evolução
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O cancro da pele costuma evidenciar-se na glande ou na face interna do prepúcio e, normalmente, começa por adoptar a forma de uma úlcera ou inchaço indolor. Todavia, caso não se proceda ao devido tratamento, forma-se um tumor que vai progressivamente crescendo e que tem tendência para, na maioria dos casos, adoptar uma forma verrugosa, semelhante a uma couve-flor. Embora o tumor costume ter um crescimento lento, com o decorrer do tempo vai de tal forma invadindo os tecidos vizinhos que pode destruir, parcial ou totalmente, o pénis. Para além disso, sobretudo nas formas altamente malignas, as células do tumor têm a tendência para se propagarem em fases relativamente precoces por via linfática até aos gânglios da região inguinal, que ficam tumefactos e cobertos por uma pele vermelha que, por vezes, forma úlceras.
Tratamento
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O tratamento costuma basear-se na extracção cirúrgica da lesão maligna e dos tecidos vizinhos que possam ter sido invadidos. No entanto, caso seja detectado na fase inicial, o tumor pode ser eliminado através de sessões de radioterapia, já que o cancro do pénis costuma ter uma evolução lenta. A gravidade da operação depende do momento de evolução em que se efectua o diagnóstico - embora, por vezes, se consiga conservar a função sexual, através da extracção de uma pequena parte do pénis, nos casos em que já está avançado, deve-se proceder à sua extracção total. Caso se suspeite de uma invasão maligna dos gânglios linfáticos inguinais, deve-se igualmente recorrer à sua extracção cirúrgica. A cirurgia pode ser complementada com a aplicação de radioterapia e qui-mioterapia para limitar o desenvolvimento das células do tumor.
Informações adicionais
O médico responde
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Estou preocupado porque há duas semanas que tenho uma pequena úlcera na ponta do pénis e ouvi dizer que o cancro pode começar desta forma...
Como o cancro do pénis se pode iniciar por uma pequena úlcera ou inchaço, caso a lesão persista durante mais de 2 semanas, deve solicitar uma consulta médica o mais rápido possível. De referir que este tipo de lesões costuma corresponder a patologias que não são perigosas, como as verrugas venéreas, ou que podem ser curadas com terapêuticas simples, como a sífilis. No entanto, caso a lesão corresponda, de facto, a um tumor maligno, é essencial diagnosticá-lo o mais cedo possível, já que o tratamento é mais eficaz e proporciona menos problemas funcionais, se iniciado de imediato. Perante a mínima suspeita, o médico deve solicitar a realização de uma biopsia, ou seja, a extracção de um pequeno fragmento da lesão, para que se possa efectuar uma análise histológica, através da qual se tirarão as eventuais dúvidas.