A ascaridíase é uma parasitose muito frequente que costuma provocar problemas abdominais e digestivos.
Causas
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A ascaridíase é provocada pelo Ascaris lumbricóides, um helminta que vive como parasita no intestino delgado do ser humano. É um verme de corpo cilíndrico não segmentado e de tonalidade esbranquiçada que, ao longo da sua vida adulta de um ou dois anos de duração, alcança entre 15 a 35 cm de comprimento e cerca de 5 mm de diâmetro. A cabeça dos vermes adultos é constituída por dentes rudimentares através dos quais se conseguem fixar fortemente à mucosa intestinal, embora permaneçam soltas, grande parte do tempo, e se movam livremente no interior do intestino, graças à sua poderosa musculatura.
Dado que estes parasitas, que se alimentam dos nutrientes que não foram totalmente digeridos e que se encontram no lúmen intestinal, são de ambos os sexos, têm a tendência para se unirem. Posteriormente. as fêmeas colocam os seus ovos, os quais serão eliminados através das fezes.
O contágio efectua-se quando uma pessoa ingere frutas ou verduras contaminadas com ovos do parasita, que conseguem sobreviver durante vários anos, podendo ser arrastados de um sítio para o outro através das patas dos insectos. Uma vez no tubo digestivo, o revestimento dos ovos dissolve-se, permitindo a libertação das larvas, que atravessam a parede intestinal, penetram na circulação sanguínea e distribuem-se pelo organismo, embora apenas se estabeleçam no tecido pulmonar, onde permanecem alguns dias enquanto amadurecem. Em seguida, as larvas sobem através das vias respiratórias até alcançarem a faringe, onde são deglutidas para descerem através do tubo digestivo até ao intestino delgado, onde se instalam definitivamente.
Manifestações
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O problema costuma ser assintomático, já que apenas se evidenciam manifestações após a ingestão de um número significativo de ovos.
A manifestação inicial mais frequente evidencia-se uma ou duas semanas após o contágio, sendo provocada pelo estabelecimento das larvas no tecido pulmonar, o que proporciona o aparecimento de febre, tosse, problemas ao nível do tórax e, por vezes, expectoração hernoptóica. Embora estes sinais e sintomas desapareçam ao fim de alguns dias, após os quais o problema costuma remitir de forma assintomática, quando o número de parasitas intestinais é elevado, cerca de dois meses após o contágio, começam a evidenciar-se manifestações digestivas: problemas ou dores abdominais semelhantes a cólicas, perda de apetite, náuseas, vómitos e, nos casos graves e persistentes, subnutrição.
Em alguns casos, podem igualmente manifestar-se algumas complicações, sendo as mais graves a obstrução do intestino delgado ou a dos canais provenientes do fígado e do pâncreas, que desaguam no intestino.
Tratamento
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O tratamento da ascaridíase é, actualmente muito simples, tendo em conta que existem medicamentos antiparasitários, como o mebendazol ou a piperazina, administrados por via oral, bastante eficazes. Apesar de uma dose ou a ingestão do medicamento durante alguns dias ser suficiente para matar os vermes, que pouco depois são eliminados através das fezes, por vezes, convém indicar uma nova administração, ao fim de um ou dois meses, de modo a garantir a eliminação de todos os parasitas que, eventualmente, possam ter chegado ao tubo digestivo durante esse período.
Informações adicionais
Tratamento
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O tratamento da ascaridíase é, actualmente muito simples, tendo em conta que existem medicamentos antiparasitários, como o mebendazol ou a piperazina, administrados por via oral, bastante eficazes. Apesar de uma dose ou a ingestão do medicamento durante alguns dias ser suficiente para matar os vermes, que pouco depois são eliminados através das fezes, por vezes, convém indicar uma nova administração, ao fim de um ou dois meses, de modo a garantir a eliminação de todos os parasitas que, eventualmente, possam ter chegado ao tubo digestivo durante esse período.