Artrópodes vectores

São considerados artrópodes vectores todos os insectos que estejam directamente implicados na transmissão de doenças infecciosas ou parasitárias.

São considerados artrópodes vectores todos os insectos que estejam directamente implicados na transmissão de doenças infecciosas ou parasitárias.

Alguns dos insectos vectores apenas desempenham um papel mecânico na transmissão dos agentes patogénicos, ao transportarem os microorganismos na parte exterior do seu corpo, normalmente nas suas patas. Este é um dos principais mecanismos de contágio de algumas infecções transmissíveis por via fecal e oral, já que as moscas transportam os microorganismos provenientes da matéria fecal contaminada nas suas patas e deixam-nos na superfície dos alimentos que posteriormente são ingeridos por uma pessoa - por isso, as pessoas devem cozer ou lavar adequadamente os alimentos antes de os ingerirem, devendo igualmente evitar que as moscas, e os insectos em geral, se aproximem da mesa.

Existem outros vectores que desempenham um papel mais complexo na transmissão de doenças, devido ao facto de os seus agentes causadores, como é o caso de determinados protozoários, desenvolverem parte do seu ciclo biológico no interior dos próprios insectos. Alguns destes inoculam os microorganismos com a sua saliva enquanto outros picam e chupam o sangue da vítima como, por exemplo, as fêmeas dos mosquitos Anopheles, que inoculam os plasmódios responsáveis pelo paludismo, enquanto picam uma pessoa. Todavia, por vens, como acontece com os escaravelhos voadores que propagam a doença de Chagas, ao mesmo tempo que picam os artrópodes, defecam e depositam os parasitas presentes no interior do seu tubo digestivo sobre a pele da vítima, que ao coçar-se para aliviar o ardor, provoca ligeiras feridas na pele, através das quais os protozoários penetram.

Dado que existem algumas espécies de artrópodes hematófagos, que se alimentam de sangue, desempenhando um papel extremamente importante na cadeia de transmissão de doenças endémicas tão graves como o paludismo, a doença de Chagas ou a doença do sono, todas as tentativas para se proceder à sua eliminação, através de fumigação, da modificação do seu habitat natural (por exemplo, mediante o corte de árvores e a dissecação de pântanos), constituem medidas profilácticas extremamente importantes.
Para saber mais consulte o seu Infecciologista ou o seu Médico Internista ou o seu Especialista em Medicina Tropical
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