Psitacose

A psitacose é uma doença transmitida ao homem por determinadas aves, que provoca febre e sinais e sintomas respiratórios.

Causas

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A psitacose é provocada pela Chlamydia psittaci, uma bactéria de reduzidas dimensões, que se desenvolve no interior das células, invadindo e infectando várias aves que possam estar em contacto com o ser humano, sobretudo periquitos, papagaios e, com menor frequência, pombos ou aves de capoeira e patos ou perus. As aves infectadas eliminam a bactéria através das suas secreções, sobretudo através dos excrementos, onde podem sobreviver durante um mês, conservando a sua capacidade de infecção. O contágio ao ser humano produz-se por via respiratória, através da inalação das pequenas partículas que se encontram suspensas no ar provenientes das fezes contaminadas. As pessoas mais expostas ao contágio são aquelas que estão intimamente em contacto com as aves - por exemplo, as pessoas que tem aves de capoeira ou as que trabalham em lojas de animais, embora também possam ser afectadas pela doença as pessoas que tenham simplesmente um papagaio ou uma ave semelhante em casa.

Manifestações e evolução

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O período de incubação da psitacose dura entre 1 a 2 semanas. A doença começa por se manifestar de forma brusca através de febre elevada acompanhada com arrepios, dor de cabeça, dores articulares e musculares por todo o corpo, apesar de serem mais intensas nas costas, e uma sensação de mal-estar geral. Em seguida, surgem os sinais e sintomas da afectação pulmonar, nomeadamente tosse seca, que ao fim de pouco tempo se torna produtiva com expectoração mucosa ou sanguinolenta, dificuldade respiratória e sensação de falta de ar. Caso se inicie o adequado tratamento nesta fase, a doença costuma desaparecer ao fim de algumas semanas, sem originar grandes problemas. Todavia, caso não se proceda ao devido tratamento, as manifestações costumam persistir, nomeadamente através de um quadro típico de pneumonia e complicações graves consequentes da extensão do processo infeccioso ao coração, fígado, baço, glândulas supra-renais ou outros órgãos. As manifestações das lesões produzidas nessas localizações são muito variadas e, por vezes, os problemas são tão graves que originam complicações capazes de provocarem a morte.

Tratamento

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O tratamento baseia-se na administração de antibióticos activos contra o microorganismo responsável durante um período de 1 ou 2 semanas. É aconselhável que o paciente se mantenha em repouso na cama enquanto persistem as manifestações, cumpra uma dieta ligeira e beba líquidos em abundância. Para além disso, caso se manifestem sinais e sintomas que evidenciem complicações, deve-se internar o paciente num hospital para que lhe seja administrado um tratamento intensivo e para que seja submetido a um constante controlo.

Informações adicionais

Prevenção

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A prevenção consiste essencialmente na detecção das aves afectadas e em submetê-las ao tratamento oportuno, de modo a evitar o risco de contágio. Nas aves de quinta, costuma-se proceder à administração preventiva de antibióticos, normalmente através da comida. Deve-se efectuar o mesmo procedimento para as aves de proveniência incerta que se tenha em casa. Importa referir que, ocasionalmente, as aves afectadas expressam alguns sinais e sintomas que evidenciam o padecimento do problema, como falta de apetite, debilidade notória, um franzir das penas ou estado de letargia, enquanto que noutros casos o seu aspecto é perfeitamente normal. Em caso de dúvida, convém consultar um veterinário.

Para saber mais consulte o seu Infecciologista ou o seu Médico Internista
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