Leptospirose

A leptospirose é uma infecção, cujo contágio se efectua a partir de animais. Embora normalmente tenha uma evolução benigna, por vezes pode provocar complicações graves.

Causas

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A leptospirose é provocada pela Leptospira interrogans, uma bactéria do tipo espiroqueta, a qual provoca infecções em vários animais, que tanto podem evoluir sem evidenciarem sinais ou sintomas como provocarem problemas hepáticos e abortos, no caso das fêmeas. A bactéria é transmitida ao ser humano essencialmente através de alguns roedores, como o rato cinzento, e eventualmente através de bovinos, suínos e cães, que eliminam os microorganismos com a urina. O contágio efectua-se através do contacto directo com a urina dos animais infectados ou através das águas contaminadas, já que as bactérias conseguem sobreviver e conservar a sua capacidade de infecção durante bastante tempo num meio líquido, se a temperatura for amena. Os trabalhadores rurais estão, como é óbvio, muito expostos ao contágio, em especial os que trabalham em arrozais e em pocilgas, bem como os donos de cães em zonas urbanas.

Manifestações e evolução

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O período de incubação da leptospirose dura entre 1 a 3 semanas. As suas principais manifestações, que se evidenciam de forma brusca, são febre, através de uma subida considerável da temperatura do corpo acompanhada por arrepios, dor de cabeça latejante, dores musculares difusas e inflamação das conjuntivas oculares. Por vezes, evidenciam-se igualmente dores abdominais, náuseas, vómitos e diarreia. Os sinais e sintomas descritos costumam desaparecer ao fim de cerca de uma semana a dez dias, propiciando a cura espontânea da doença.

Todavia, em alguns casos, após alguns dias sem sinais e sintomas, podem surgir novas manifestações, provocadas por uma reacção imunitária anómala gerada pela reacção do sistema de defesa face às bactérias responsáveis pela doença. Esta segunda fase do problema caracteriza-se pela afectação do fígado, rins e sistema nervoso, que se manifesta através de inúmeros sinais e sintomas, entre os quais se destaca a icterícia, a coloração amarela da pele provocada por uma insuficiência hepática, bem como vários sinais e sintomas de meningite, quando os nervos são igualmente afectados. Como as alterações costumam persistir entre uma a quatro semanas, as funções hepática e renal podem levar bastante tempo a recuperarem totalmente. Para além disso, em cerca de 5% dos casos, podem manifestar-se complicações agudas, provocando mesmo a morte do paciente.

Tratamento

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O tratamento baseia-se na administração de antibióticos activos contra o agente causador da leptospirose, juntamente com o repouso na cama enquanto dura toda a fase activa da doença e uma abundante ingestão de líquidos. Nos casos graves, sobretudo quando surgem complicações hepáticas, renais ou neurológicas, costuma ser necessário o internamento do indivíduo afectado no hospital.

Informações adicionais

Prevenção

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As pessoas que trabalham no meio rural e estejam em contacto com águas possivelmente contaminadas com a urina de animais infectados com leptospirose devem realizar as suas actividades com roupas, botas e luvas que as protejam do contágio. É igualmente aconselhável que procedam a uma regular limpeza de estábulos e pocilgas com produtos desinfectantes, como é o caso da lixívia. As pessoas particularmente expostas ao contágio devem recorrer a uma vacinação específica, mesmo que o grau de protecção que a mesma proporcione não seja total.

Para saber mais consulte o seu Infecciologista ou o seu Médico Internista
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