Brucelose

Doença infecciosa que contagia o ser humano a partir de animais de quinta, provocando um típico quadro de febre.

Causas

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A brucelose é provocada por bactérias do género Brucella, microorganismos que provocam infecções cm vários animais e dos quais é possível distinguir três espécies que podem contagiar o ser humano: a B. melitensis, que afecta cabras e ovelhas, a B. abortus, que afecta o gado bovino, e a B. suis, que afecta os suínos. Os animais infectados eliminam as bactérias através da urina e das fezes, enquanto que as fêmeas afectadas sofrem, muitas vezes, abortos e também uma infecção das glândulas mamárias,

Embora o contágio ao ser humano se possa efectuar por várias vias, na maioria das vezes é provocado por via cutânea através de um contacto directo com os animais infectados ou com os seus resíduos contaminados. Em menor frequência, o contágio realiza-se por via respiratória, devido à absorção de bactérias provenientes das secreções do animal infectado que ficam suspensas no ar. Por último, a bactéria pode igualmente ser transmitida por via digestiva, devido ao consumo de leite contaminado que não tenha sido pasteurizado ou seus derivados, tais como queijo, iogurtes, requeijão, entre outros.

Manifestações e evolução

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O período de incubação da brucelose compreende entre uma a três semanas. A doença manifesta-se através do aparecimento de febre elevada acompanhada par arrepios, suores abundantes, dores musculares e articulares, dor de cabeça e mal-estar geral. Embora a febre se prolongue durante várias semanas, costuma evidenciar-se através de períodos de subida da temperatura intercalados com outros em que a febre desaparece (febre ondulante). Os sinais e sintomas costumam desaparecer totalmente de forma espontânea entre cinco a oito semanas ou muito antes, caso se proceda ao tratamento oportuno.

Embora a evolução crónica da brucelose apenas costume originar manifestações gerais, normalmente provoca febre e debilidade geral. Todavia, o maior perigo consiste no facto de a doença poder originar lesões em órgãos internos que, a longo prazo, provocam complicações significativas. Ao longo da prolongada evolução da doença podem surgir complicações agudas perigosas como, por exemplo, episódios de pneumonia ou meningite e outras que, embora possam decorrer com um quadro clínico mais discreto, não são menos temíveis - por exemplo, as provocadas por uma afectação do fígado ou das válvulas cardíacas.

Informações adicionais

Tratamento e prevenção

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O tratamento baseia-se na administração de antibióticos durante um período de um a dois meses. Por vezes, é necessário internar o Paciente num hospital, durante a fase aguda da doença, para se proceder a um rigoroso controlo e tratar as eventuais complicações. Caso se produzam recaídas e a doença comece a ter uma evolução crónica, deve-se repetir a administração de antibióticos, por veres durante períodos prolongados e, em alguns casos, pode ser necessário recorrer-se à realização de uma intervenção cirúrgica para reparar os tecidos afectados.

Em relação ã prevenção, esta baseia-se essencialmente na vacinação do gado e na detecção de animais de quinta infectados, através de regulares controlas sanitários, com vista a proceder-se ao seu sacrifício. As pessoas que trabalham com animais possivelmente infectados devem evitar o contacto directo com os mesmos e com os seus resíduos, através da utilização de luvas e roupas adequadas. Por outro lado, deve-se evitar o consumo de leite que não tenha sido previamente pasteurizado e os seus derivados, sobretudo queijos frescos.

Para saber mais consulte o seu Infecciologista ou o seu Médico Internista
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