Difteria

A difteria é uma doença bacteriana aguda que origina uma intensa inflamação da garganta, a qual pode, por sua vez, provocar um quadro de asfixia.

Causa

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A difteria é provocada pelo Corynebacterium difieriae, um bacilo presente na mucosa respiratória ou na pele de quem se encontra afectado pela doença e também das pessoas já imunizadas, que actuam como portadores saudáveis (cerca de 1% da população). Embora o contágio normalmente se produza por via respiratória, através do ar contaminado, em alguns casos raros é provocado por um contacto com a pele dos portadores. O microorganismo estabelece-se nas mucosas do nariz, laringe e traqueia, onde provoca uma inflamação aguda, libertando igualmente uma toxina que passa para o sangue, podendo provocar graves complicações devido ao facto de poder afectar o coração, nervos periféricos ou rins.

Manifestações e evolução

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O período de incubação da difteria compreende entre dois a seis dias. A doença manifesta-se bruscamente através do aparecimento de febre, dor de garganta, rouquidão, tosse seca e dificuldade em respirar. As bactérias responsáveis provocam a inflamação da mucosa que reveste a garganta, o que ao fim de poucas horas origina a formação de membranas acinzentadas, espessas e aderentes que se estendem até ao céu da boca e para baixo, alcançando a laringe e até a traqueia, obstruindo a passagem de ar para os pulmões, o que nos casos graves, caso não se proceda ao seu tratamento imediato, pode provocar uma situação de asfixia, colocando a vida do paciente em perigo.

Por outro lado, a passagem da toxina diftérica para o sangue pode provocar nos dias seguintes complicações sérias, como paralisia da laringe ou dos membros, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca aguda ou choque cardiovascular. Caso algumas destas complicações não sejam devidamente tratadas, podem provocar a morte do paciente. No entanto, caso o paciente sobreviva às complicações agudas, a recuperação é total.

Tratamento

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O tratamento necessita de internamento hospitalar do indivíduo afectado para que lhe seja administrada a oportuna terapêutica e para se poder solucionar rapidamente as eventuais complicações agudas. Embora a utilização de antibióticos proporcione a eliminação das bactérias da garganta, não é eficaz para combater os efeitos da toxina diftérica que passou para o sangue, obrigando à utilização de uma antitoxina específica. Em caso de insuficiência respiratória grave é necessário proceder à intubação traqueal, podendo mesmo ser necessário recorrer-se à realização de uma traqueostomia de urgência.

Informações adicionais

Prevenção

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A prevenção da difteria baseia-se na administração da vacina antidiftérica. Nos países onde se realiza a vacinação infantil sistemática, a vacina antidiftérica é englobada na vacina DTP ou vacina tríplice, que também protege contra o tétano e a tosse convulsa, sendo aplicada em três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade, com uma dose de reforço aos 18 meses e outra entre os 4 e os 6 anos de idade. É igualmente recomendável a aplicação de uma vacina contra a difteria e o tétano em jovens até aos 14-16 anos e posteriormente de dez em dez anos.

Para saber mais consulte o seu Infecciologista ou o seu Médico Internista ou o seu Pneumologista
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