Consoante a sua gravidade, ou seja, o número de vítimas e a extensão do problema, costumam-se utilizar algumas denominações específicas.
Por exemplo, quando a epidemia é muito breve e afecta um número limitado de pessoas, normalmente denomina-se episódio epidémico e caracteriza-se por infecções provocadas por microorganismos que necessitam de condições muito específicas para a sua propagação ou que apenas afectam indivíduos que apresentam uma sensibilidade especial. Embora os possíveis exemplos variem bastante, existe um muito claro: os eventuais episódios epidémicos da doença do legionário, uma grave doença produzida por uma bactéria que, por vezes, encontra as condições ideais para proliferar nos sistemas de ar condicionado ou canalizações de grandes edifícios públicos e ataca quem entrar cm contacto com ela até que soe o alarme, se diagnostique o problema e se controle o foco. Quando a epidemia adquire grandes dimensões e ultrapassa fronteiras, estendendo-se por vários países ou até continentes inteiros, designa-se pandemia (do grego pan, tudo, e demos, povo). São inúmeros os exemplos históricos de pandemias que arrasaram os povos europeus nos séculos passados: peste, febre amarela, tifo, entre outras.Informações adicionais
Após uma grande catástrofe natural, fala-se sempre no perigo de epidemias. Porquê?
As catástrofes naturais, como os terramotos ou grandes inundações, proporcionam condições óptimas para o desenvolvimento de epidemias. Por um lado, costumam provocar sérias deficiências nas infra-estruturas higiénicas e sanitárias, o que favorece a contaminação das fintes de água potável. Por outro lado, os habitantes das regiões são, muitas vezes, afectados por alterações nas suas defesas orgânicas como consequência de uma má alimentação ou provocadas pelas alterações do clima e do meio ambiente. Para além disso. quando a catástrofe provoca uma grande mortalidade, as próprias vítimas constituem um verdadeiro "meio de transmissão" para a proliferação de microorganismos patogénicos. Contudo, não é de estranhar que perante um evento deste tipo, as autoridades sanitárias encetem os dispositivos disponíveis ou solicitem ajuda internacional, de modo a limitar os riscos e tentar eliminar ou controlar os focos infecciosos, antes que se desencadeiem perigosas epidemias.
Denomina-se quarentena o período de isolamento a que as pessoas que estiveram em contacto com pacientes ao longo de uma epidemia por vezes têm de se submeter. O objectivo deste isolamento é evitar que tais pessoas, possivelmente contagiadas, embora ainda não manifestem sinais e sintomas por estarem em fase de incubação da doença, não propaguem a infecção à população. De facto, embora o termo "quarentena" ainda seja utilizado, actualmente já está desactualizado, pois é proveniente do termo "quarenta", a quantidade de dias durante os quais antigamente se acreditava que o contágio de uma doença infecciosa se podia efectuar. Actualmente, conhece-se muito melhor as características das diferentes doenças e, quando se opta por estabelecer o isolamento de indivíduos presumivelmente contaminados, este apenas se prolonga durante os dias que, segundo se sabe, dura a incubação da doença em questão. De qualquer forma, a imposição de um período de quarentena é, actualmente, uma medida excepcional à qual se recorre em raras ocasiões.
Uma epidemia significa que existem alguns micróbios que, como estão por todo o lado, podem atacar-nos e deixar-nos doentes. Por isso, devemos ter muito cuidado, para não nos expormos ao contágio, ao tomarmos as precauções indicadas pelas autoridades consoante o caso. Para além disso, se algum de nós estiver doente, deve fazer tudo para não contagiar os outros, para que não fiquem doentes. Em alguns casos, as crianças não podem ir à escola, nem brincar com os amigos até que fiquem curadas e tenham a certeza de que não irão contagiar os colegas.