Embora cada doença infecciosa específica tenha uma evolução particular, todas as patologias desta natureza apresentam diferentes períodos de evolução comuns.
Período de incubação
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Embora alguns microorganismos sejam capazes de originar alterações no portador logo que entram em contacto com o seu organismo, na maioria dos casos, os sinais e sintomas apenas se manifestam algum tempo depois da produção de contágio. Este período de tempo designa-se período de incubação e corresponde ao tempo que os agentes infecciosos levam a ultrapassar as barreiras orgânicas iniciais, a multiplicarem-se até constituírem uma quantidade considerável, a alcançarem o ponto do organismo onde executam as suas acções nocivas, a produzirem as suas toxinas, etc. Em suma, trata-se de uma fase de que os micróbios necessitam para adquirirem o potencial patogénico suficiente, de modo a poderem provocas os seus efeitos nocivos.De facto, ao longo do período de incubação, mesmo depois do desencadeamento da infecção, não se costuma evidenciar qualquer sinal ou sintoma. Todavia, algumas patologias concretas proporcionam a manifestação de um certo mal-estar geral ou de ligeiras alterações orgânicas inespecíficas, que despertam uma suspeita que apenas será confirmada mais tarde, quando os sinais e sintomas próprios da doença em questão se começarem a evidenciar. Apesar de esta fase poder ter uma duração variável, em alguns casos de poucos dias e outros de semanas ou até meses e anos, em relação às doenças costuma ser constante. De facto, enquanto que a cólera costuma ter um período de incubação de 12 a 48 horas, na gripe esta fase dura entre 24 a 72 horas, no caso da raiva prolonga-se entre três semanas e três meses e na lepra pode durar anos, à semelhança da SIDA.O conhecimento do período de incubação pode ser extremamente útil, caso se determine o momento do contágio, já que se pode tentar prevenir as consequências da doença antes que o microorganismo alcance as suas fases finais de evolução, como acontece em caso de raiva ou de tétano. Para além disso, quando se opta por manter isolada uma pessoa provavelmente contagiada por unia doença, basta faze-lo durante o tempo normal de duração do periodo de incubação da patologia. De facto, caso não se tenham, ao longo deste período de tempo, evidenciado sinais ou sintomas, pode-se deduzir que a pessoa em causa não se encontra contagiada.
Período de estado
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O período de estado inicia-se quando começam a surgir as manifestações próprias da doença e prolonga-se até ao momento em que estas desaparecem. Dado que, ao longo desta fase, os microorganismos responsáveis continuam a reproduzir-se e a resistir ao ataque do sistema defensivo, as consequências da sua actividade, muito diferentes consoante os casos, persistem ou vão, em muitos casos, aumentando.É ao longo do período de estado, que os sinais e sintomas que caracterizam cada doença infecciosa e as alterações próprias de cada patologia em concreto se manifestam. Como é óbvio, é um período que evidencia problemas e lesões muito heterogéneas consoante o caso.A duração do período de estado de cada doença é igualmente variável. Embora determinadas patologias sejam muito persistentes e algumas se mantenham activas de forma indefinida, caso o problema não seja mortal, os microorganismos acabam na maioria das vezes por sucumbir ao ataque do sistema defensivo, o que justifica o facto de o período de estado de grande parte das doenças infecciosas ter uma duração limitada e normalmente previsível. Ao atingir uma determinada fase de evolução, na maioria dos casos quando as manifestações alcançam o seu ponto crítico ou máximo, o processo infeccioso começa a diminuir, independentemente de ser de forma brusca (denominando-se crise) ou lenta (designando-se lise). Normalmente, a gripe provoca problemas durante alguns dias ou no máximo ao longo de uma semana, após a qual acaba por curar-se espontaneamente.
Período de convalescença
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A destruição ou neutralização dos microorganismos causadores da doença infecciosa pelo sistema de defesa, permite o desaparecimento dos sinais e sintomas provocados por esta doença, embora possa passar algum tempo, designado período de convalescença, até que o organismo debilitado recupere totalmente das alterações e lesões sofridas. O período de convalescença corresponde a uma fase intermédia entre o padecimento da doença e um estado de perfeita saúde, sem se ter em conta as eventuais sequelas permanentes que a patologia possa ter causado. Quando a doença termina de forma brusca, a convalescença também começa subitamente, enquanto que o limite é mais impreciso quando a patologia desaparece lentamente.Cada doença infecciosa provoca uma convalescença de maior ou menor duração, muito variável dependendo do caso, em alguns casos com a persistência de alterações apenas perceptíveis, mas noutras com sinais e sintomas mais evidentes: náuseas, falta de apetite, sensação de debilidade, flacidez dos membros... Ao longo deste período o médico pode, de acordo com a doença, prescrever uma dieta nutritiva ligeira e recomendar repouso, para depois passar progressivamente para uma dieta mais rica e uma actividade física normal e, eventualmente, prescrever algum medicamento.
Informações adicionais
Tónicos e vitaminas para a convalescença?
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Embora muitas pessoas pensem que a convalescença de uma doença infecciosa possa ser acelerada através da administração de tónicos reconstituintes ou vitaminas, estes produtos não costumam ser eficazes, podendo até ser perigosos. Por exemplo, ocasionalmente, recorre-se à administração de alguns produtos, sem se ter cm conta que são constituídos por álcool e que podem, por isso, ser prejudiciais, sobretudo para as crianças. Em relação ás vitaminas, o organismo de um convalescente, de facto, necessita delas, mas normalmente podem ser perfeitamente obtidas em quantidades suficientes com uma alimentação adequada, sem necessidade de se recorrer aos tão populares complexos vitamínicos. O melhor é seguir os conselhos do inédito, que devera prescrever os medicamentos necessários ao longo do período de convalescença.
Doenças infecciosas agudas, sub-agudas e crónicas
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Embora as doenças infecciosas possam ter uma evolução muito diferente, de acordo com a sua forma de apresentação e essencialmente tendo em conta a sua duração, podem ser classificadas em agudas, sub-agudas e crónicas.
• Designam-se agudas as doenças infecciosas com início brusco e reduzida duração, no máximo quatro semanas. A maioria das doenças infecciosas pertence a esta categoria - são exemplos típicos a constipação comum e a gripe.
• Denominam-se sub-agudas as doenças infecciosas com evolução mais prolongada que as agudas, superior a quatro semanas, cujas consequências não persistem muito tempo, no máximo dez semanas.
• Consideram-se crónicas as doenças infecciosas que, após um início sem manifestarem sintomas, se prolongam durante muito tempo, no mínimo dez semanas, por vezes com uma evolução indefinida. As patologias pertencentes a este grupo são inúmeras, como por exemplo a tuberculose.