Erisipela

A erisipela é uma infecção aguda da pele que se manifesta através de manchas circunscritas de tonalidade vermelha, febre e mal-estar geral.

Causas

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A erisipela é provocada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A, que entra em contacto com a pele através das microscópicas gotas de saliva contaminada expelidas ao falar, tossir ou através dos espirros, ou também quando se contacta directamente com lesões cutâneas activas de um outro paciente com erisipela. Em condições normais, as bactérias não conseguem penetrar na pele. Todavia, quando esta apresenta uma ferida, mesmo que microscópica, os estreptococos conseguem atravessar a superfície da pele e provocar uma infecção, algo frequente nas pessoas com as defesas debilitadas, como por exemplo em casos de alcoolismo e desnutrição, embora também se possa evidenciar num indivíduo saudável, sobretudo nos idosos.

Manifestações

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A erisipela provoca dois tipos de manifestações: as cutâneas, originadas pela inflamação local provocada pela infecção, e as gerais, originadas pelas substâncias tóxicas segregadas pelas bactérias, distribuindo-se pelo organismo do paciente.

As manifestações gerais costumam aparecer antes das locais e evidenciam-se de forma brusca entre dois a cinco dias após a produção do contágio: febre elevada, suores, arrepios, mal-estar geral, dor de cabeça, perda de apetite e, em alguns casos, náuseas ou até vómitos. Pouco depois, começam a evidenciar-se as manifestações cutâneas. Inicialmente, o paciente sente um ardor difuso na zona de produção do contágio e, horas depois, desenvolve-se uma placa elevada, bem delimitada, de tom vermelho vivo e superfície brilhante e lisa que, para além de gerar ardor, provoca alguma dor. Esta lesão pode ser única ou múltipla e as suas localizações preferenciais correspondem à face, ao couro cabeludo, aos antebraços e às pernas. Por vezes, as lesões localizam-se nos lábios e nas pálpebras; nestes casos, são acompanhadas por uma tumefacção muito pronunciada.

Quando se procede ao tratamento oportuno, as manifestações cedem rapidamente. Todavia, quando a doença segue a sua evolução natural, as lesões continuam a disseminar-se de forma concêntrica durante cerca de quatro a seis dias, até que a pele das zonas afectadas se descame e os sinais e sintomas desapareçam. Para além disso, quando o problema não é imediatamente tratado, a doença pode provocar algumas complicações, como por exemplo a formação de abcessos cutâneos, cuja cura provoca o aparecimento de cicatrizes, e a disseminação da infecção a outros órgãos e tecidos.

Informações adicionais

Tratamento

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O tratamento consiste na administração de antibióticos específicos e medicamentos contra a febre, dor e inflamação, e na aplicação de compressas frias sobre as lesões para aliviar a dor local. Por outro lado, é recomendável a adopção das seguintes precauções:

• Tanto o próprio paciente como as outras pessoas devem evitar o con- tacto directo com as lesões cutâneas.

• Convém desinfectar com água a ferver a roupa, toalhas e restantes utensílios pessoais que tenham estado em contacto com as lesões cutâneas.

• Quando as lesões afectarem um membro, convém mantê-lo ele- vado, de modo a travar o avanço da inflamação.

• Convém não coçar ou pressionar as lesões para evitar a formação de abcessos cutâneos.

• Caso as lesões se localizem na face, deve-se suspender o barbear até uma semana após o desaparecimento dos sinais e sintomas.

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