O aparecimento de rugas no rosto é uma consequência inevitável da passagem do tempo, ainda que seja possível recorrer a vários procedimentos para eliminá-las com fins puramente estéticos.
Envelhecimento da pele
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Com o decorrer dos anos, a epiderme vai-se tornando mais fina e a velocidade de renovação das suas células vai, sobretudo, diminuindo. Para além disso, a derme vai igualmente ficando mais delgada, devido essencialmente à redução do número de fibras de colagénio e elásticas do tecido conjuntivo. Estas alterações progressivas acabam por, entre outras consequências, proporcionar o aparecimento de rugas e sulcos que se fundem na derme e na hipoderme.Apesar de as rugas que se vão formando no rosto serem, até certo ponto, inevitáveis, como sabemos, há quem as não aceite muito bem e as tente eliminar através de vários procedimentos. De facto, embora os adequados cuidados com a pele, a devida protecção do sol e a utilização de cremes hidratantes ou a extensa variedade de produtos cosméticos utilizados para prevenir o seu aparecimento possam, em certa medida, atrasar o aparecimento das rugas, elas acabam sempre por se manifestar. Quando o surgimento de rugas provoca um mal-estar estético, existem apenas dois tipos de procedimentos para se proceder à sua eliminação: o peeling (palavra inglesa que significa "descarnação") e a cirurgia plástica.
Peeling
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O peeling é um tratamento que visa a renovação das células da epiderme, o que, consequentemente, contribui para a eliminação das rugas. Salientam-se vários tipos de técnicas, algumas baseadas na utilização de produtos químicos (as mais comuns) e outras em operações mecânicas ou cirúrgicas.O peeling químico baseia-se na utilização de substâncias que eliminem a queratina (queratolíticos) e facilitem a remoção das células cutâneas superficiais (exfoliação), o que permite a renovação da camada externa da pele. Entre os produtos mais utilizados destaca-se o ácido tricloroacético, que, embora primeiro origine uma intensa irritação cutânea, com vermelhidão da pele e formação de crostas, ao fim de duas ou três semanas, faz com que a pele se apresente limpa e com menos rugas. Existem vários queratolíticos, como o ácido salicílico e a resorcina, que, caso sejam aplicados sobre a pele, costumam provocar uma erupção e renovação das células. Estas substâncias devem ser utilizadas de forma gradual, porque a sua utilização provoca um certo eritema cutâneo. Outros produtos actualmente utilizados são os ácidos glicólicos, cuja aplicação diminui a união entre as células cutâneas superficiais e facilita a sua erupção. Este recurso é sobretudo útil para eliminar as rugas incipientes.O peeling biológico consiste na utilização de produtos enzimáticos com uma acção proteolítica e exfoliativa, nomeadamente os derivados da vitamina A, como o ácido retinóico e a tretinoína. Estes produtos são aplicados sob a forma de gel ou creme sobre a pele do rosto durante a noite, sendo retirados de manhã através da limpeza do rosto. Caso este tipo de tratamento seja prolongado por vários meses, pode ser muito eficaz na redução do número de rugas.O peeling mecânico ou cirúrgico baseia-se na utilização de uma máquina de desbaste que ao passar sobre a pele, provoca uma dermabrasão, que elimina toda a epiderme e parte da derme. Como constitui uma operação agressiva, deve ser realizada com anestesia local ou sob anestesia geral, sendo igualmente necessária a aplicação de uma ligadura protectora até à regeneração das camadas cutâneas. Actualmente, existe uma técnica menos agressiva baseada na utilização de laser. A aplicação de estímulos de muito curta duração provoca uma vaporização superficial da epiderme e uma alteração da estrutura mais profunda da pele, proporcionando uma reordenação das fibras conjuntivas da derme que melhora significativamente as rugas finas à volta da boca ou das pálpebras.
Cirurgia plástica
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Embora a utilização de cosméticos específicos e das técnicas anteriormente mencionadas possam corrigir ou atenuar as rugas formadas com o passar do tempo, por vezes a flacidez cutânea é tão significativa que torna esses procedimentos ineficazes, o que leva à possibilidade de se recorrer a uma cirurgia plástica.Se bem que existam vários procedimentos cirúrgicos com esse objectivo, a intervenção mais comum corresponde ao denominado lifiing ou "estiramento facial", que consiste, basicamente, na elaboração de vários cortes e na separação dos tecidos subjacentes num amplo sector da pele da face, de modo a primeiro puxar a pele para cima e para trás, depois retirar o excesso e, por fim, proceder à sua sutura, o que proporciona cicatrizes pouco visíveis e ocultas, pois têm de contornar os pavilhões dos ouvidos e depois dirigem-se para a nuca. Apesar de, quando o estiramento necessário for reduzido, a operação ser realizada com anestesia local, normalmente é realizada sob anestesia geral, aproveitando-se para eliminar a gordura em excesso e, caso seja conveniente, arrastar os músculos faciais. Caso não surja qualquer complicação, o período de recuperação costuma ser rápido, entre duas a três semanas.