As inúmeras glândulas sudoríparas distribuídas por toda a superfície corporal participam no controlo da temperatura do corpo através da sua secreção líquida e de sabor salgado.
Glândulas sudoríparas
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As glândulas sudoríparas são membranas especializadas na secreção de um líquido transparente muito específico, denominado suor, composto sobretudo por água e pela dissolução de sais e vários resíduos do metabolismo, que desagua no exterior. Cada glândula é formada por duas partes: uma situada na profundidade da pele, que se encarrega da produção do suor, e um fino canal, através do qual a secreção é transportada para o exterior. Embora existam inúmeras glândulas sudoríparas, vários milhões, distribuídas por toda a superfície corporal, a sua distribuição difere consoante as diferentes áreas, já que são especialmente abundantes nas palmas das mãos e nas plantas nos pés, na fronte e no peito, sendo muito menos numerosas, por exemplo, nas costas. Apesar de todas as glândulas sudoríparas serem muito semelhantes, é possível distinguir dois tipos com estruturas e funções diferentes: as écrinas e as apócrinas.
Glândulas sudoríparas écrinas. Estas glândulas sudoríparas, as mais abundantes e distribuídas por todo o corpo, são constituídas por um glomérulo secretor localizado na hipoderme e por um canal excretor que atravessa a derme e a epiderme de modo a desaguar as suas secreções na superfície através de um pequeno poro, imperceptível a olho nu. As células glandulares que formam o glomérulo secretor estão intercaladas com células mioepiteliais, cuja contracção, provocada por vários estímulos, favorece a expulsão do suor para o exterior. O produto da secreção destas glândulas é um líquido aquoso transparente, de gosto salgado e sem odor.
Glândulas sudoríparas apócrinas. Estas glândulas são semelhantes às anteriores, mas são um pouco mais volumosas. Para além disso, como o seu tubo excretor não consegue atingir os poros específicos da superfície cutânea têm que desaguar num folículo piloso. Estas glândulas apenas existem em algumas zonas do corpo, nas axilas, na região genital, à volta do umbigo, à volta dos mamilos e nas orelhas. A secreção produzida por estas glândulas é muito diferente do suor elaborado pelas glândulas écrinas, já que é menos abundante, leitoso ou opalescente e tem um odor mais intenso.
Composição e secreção do suor
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O suor é um líquido incolor e de odor característico composto essencialmente por água, que corresponde a 99% do seu volume, sendo igualmente constituído por várias substâncias dissolvidas, nomeadamente cloreto de sódio (sal comum) e em menor escala lactatos, amoníaco, ácido ascórbico e outros produtos do metabolismo. No entanto, a composição do suor e a sua quantidade segregada podem variar significativamente em função de vários factores.A secreção do suor é controlada pelo sistema nervoso e é produzido como resposta a dois tipos de estímulos, uns eminentemente fisiológicos, que participam no controlo da temperatura do corpo e outros de natureza psicológica, como resposta às situações de stress.
Controlo da temperatura do corpo. A secreção de suor contribui significativamente para a homeotermia, ou seja, para a manutenção da temperatura do corpo dentro de determinados valores. De facto, as glândulas sudoríparas transportam, constantemente, uma certa quantidade de secreções para a superfície corporal, onde a sua evaporação provoca um efeito refrigerante sobre a pele e proporciona a elaboração de, no mínimo, meio litro de suor perceptível (perspiração). Todavia, esta quantidade pode aumentar significativamente em ambientes quentes e através da prática de exercício físico, podendo ser produzidos vários litros. Esta actividade das glândulas sudoríparas é regida pelo hipotálamo, uma estrutura situada na base do cérebro com a função de controlar a temperatura do corpo: quando esta sobe, o hipotálamo envia sinais para as glândulas sudoríparas para que estas aumentem a sua actividade, até ao ponto de em conjunto produzirem até cerca de 1,5 1 por hora. Embora o aumento de suor, normalmente, se evidencie primeiro na face e no tronco, em situações extremas praticamente toda a superfície do corpo pode ficar repleta de suor. Este mecanismo é igualmente activado em caso de febre, de modo a contrariar o aumento da temperatura interna do organismo.
Estímulos psíquicos. Existem vários estímulos psíquicos, sobretudo o nervosismo e o medo, que podem provocar uma secreção abundante de suor. Todavia, estes suores incómodos, aparentemente sem qualquer finalidade, apenas se manifestam de maneira evidente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Aparentemente, a função desta secreção está relacionada com os mecanismos reflexos primitivos de adaptação do organismo às situações extremas, mas não proporciona qualquer beneficio.
Informações adicionais
Febre e suor
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A febre acompanhada por suor, por vezes muito abundante, sobretudo no momento em que a temperatura do corpo começa a baixar, é um dos principais mecanismos para a normalização da temperatura interna do corpo.
No entanto, não nos podemos esquecer que como o suor implica uma perda de líquidos e sais, quando suamos devemos repor esta perda através da abundante ingestão de água, se possível com uma pequena quantidade de sal dissolvido.
A precaução de assimilar líquido e minerais eliminados através do suor é fundamental sobretudo nos bebés, para prevenir uma eventual desidratação.
O médico responde
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Sempre que fico nervoso, as mãos suam muito, o que aumenta o meu nervosismo. O que posso fazer para o evitar?
Os suores abundantes podem ser reduzidos através da utilização de vários medicamentos, nomeadamente cremes ou pomadas, de aplicação local e com uma eficácia moderada, ou através de determinados medicamentos administrados por via geral que, embora sejam mais potentes, podem ter vários efeitos secundários. Caso o abundante suor seja provocado por situações de tensão emocional, convém consultar um médico antes de recorrer a estas substâncias, já que pode ser preferível tentar algum procedimento que combata a causa destes incómodos suores nas mãos, no caso da ansiedade, por exemplo através de técnicas de relaxamento.