Epicondilite

Designa a distensão dos músculos que se unem ao epicôndilo, uma proeminência óssea adjacente à articulação do cotovelo.

Causas e frequência

Topo O epicôndilo é urna proeminência da extremidade inferior do úmero que se encontra muito perto da articulação do cotovelo. Os músculos que se unem ao epicôndilo são os que provocam a extensão do punho e a supinação do antebraço, ou seja, o movimento giratório que permite mover a mão para a frente ou para cima.

Dado que a epicondilite é provocada pelas contracções forçadas e repetitivas destes músculos, a doença é especialmente frequente nas pessoas que habitualmente realizam movimentos de supinação do antebraço e de extensão do punho, como é o caso dos tenistas, já que o bater da bola implica uma supinação do antebraço e uma extensão do punho. Todavia, a epicondilite também é muito comum entre as donas de casa e em várias outras profissões.

Como a maioria da população é destra, a epicondilite é muito mais frequente no cotovelo direito do que no esquerdo.

Manifestações e evolução

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O sintoma mais característico da epicondilite é uma dor na zona externa do cotovelo, ou seja, a zona que fica mais afastada do tronco quando a palma da mão está virada para a frente. Embora esta dor se manifeste essencialmente nessa zona, já que é aí que se encontra o epicôndilo, em alguns casos, pode alastrar para o antebraço, para o punho e para os dedos. Inicialmente, a dor pode ser ligeira, mas costuma aumentar de intensidade quando se roda, flecte ou estende o punho ou se segura um determinado objecto. Contudo, com o decorrer do tempo, a dor fica tão intensa que chega a impedir a total realização deste tipo de movimentos e tarefas.

Tratamento

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A medida mais importante para o tratamento da epicondilite é a interrupção dos movimentos que desencadeiam e pioram a evolução da doença até ao desaparecimento dos sinais e sintomas, o que pode levar alguns meses. Para além disso, em muitos casos, costuma-se proceder à imobilização da zona através da aplicação de uma ligadura ou gesso durante as duas ou três primeiras semanas.

Ao mesmo tempo, costuma-se proceder à administração de analgésicos e anti-inflamatórios, independentemente de ser por via oral ou através de injecções locais, e à aplicação de calor na zona, por exemplo, através de uma almofada eléctrica, para aliviar os sinais e sintomas.

Por fim, nos casos de maior gravidade e naqueles em que o tratamento médico não é eficaz, costuma-se pro-ceder à realização de uma intervenção cirúrgica que restabeleça o normal funcionamento do tecido afectado.

Informações adicionais

O médico responde

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Tendo em conta que o meu filho se encontra muito entusiasmado por estar a aprender a jogar ténis, gostaria de ajudá-lo a prevenir o famoso "cotovelo de tenista".

A primeira medida preventiva consiste na realização de uma sessão de aquecimento antes do início do treino, após a qual o risco de distensão dos músculos da zona do cotovelo é muito menor. Para além disso, como a utilização de raquetes com um punho muito grosso aumenta o risco de distensão destes músculos, convém utilizar raquetes com um punho adequado à mão do jogador, em especial quando se trata de crianças. Por último, convém evitar sessões de treino muito longas ou consecutivas (especialmente ao longo de competições), pois também implicam um esforço excessivo para os músculos em questão.

Para saber mais consulte o seu Ortopedista ou o seu Reumatologista
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