Problemas psicossomáticos

Os problemas psicossomáticos designam uma série de manifestações, alterações funcionais e doenças de origem orgânica, na sua grande maioria, provocadas pelas características psicológicas do indivíduo e por influências derivadas do ambiente que o rodeia. Convém realçar que, apesar de a sua origem estar relacionada com uma componente psicológica, estes problemas são reais e necessitam de tratamento.

As características psicológicas que provocam este tipo de doenças são muito diferentes, pois tanto podem ser originadas por um mecanismo que consiste em "ficarem doentes para chamar a atenção dos outros", criado e desenvolvido desde a infância, como por uma personalidade em que os instintos agressivos se voltam contra o próprio indivíduo. Entre os factores ambientais, o mais importante é a tensão ou o stresse.

Os problemas psicossomáticos mais simples consistem em manifestações que provocam alteração do funcionamento do sistema nervoso neurovegetativo. Esta parte do sistema nervoso, que tem a missão de regular as funções automáticas do organismo, como a frequência cardíaca e a digestão, costuma ser influenciada por factores emocionais e ambientais. Entre os problemas psicossomáticos simples, os mais frequentes são: dor de cabeça, soluços, ataques de tosse, sensação de falta de ar, palpitações, formigueiros, náuseas, vómitos e diarreia. Embora os seus mecanismos ainda sejam pouco conhecidos, as alterações funcionais podem, a longo prazo, favorecer ou provocar problemas psicossomáticos mais complexos, com tendência para evoluírem para verdadeiras doenças que, além dos sintomas, podem provocar várias lesões anatómicas. Embora os problemas psicossomáticos com lesões orgânicas possam afectar qualquer órgão ou tecido, os mais comuns são: hipertensão arterial, doença coronária, obesidade, asma, úlcera duodenal, cólon irritável e colite ulcerosa, lombalgia e cervicalgia, problemas sexuais e menstruais, dermatite alérgica e psoríase.