Intestino grosso

A comida ingerida, já em forma de bolo alimentar, após ter sido mastigada na boca, passa pelo esófago até ao estômago, onde é triturada até se converter numa massa semilíquida para poder ser evacuada para o intestino delgado, um longo canal que representa a sede do processo digestivo e ao qual chegam, provenientes do fígado e do pâncreas, secreções ricas em enzimas que decompõem os alimentos, de modo a tornar possível a sua assimilação. Apenas os resíduos passam pelo intestino grosso, onde são armazenados e submetidos à acção de uma abundante flora bacteriana, sendo dissecados momentaneamente, graças à grande capacidade de absorção de água das paredes do canal. Assim se vai formando a matéria fecal.

À primeira vista, parece que a função do intestino grosso é secundária: acolher detritos, retê-los durante um determinado período de tempo e, depois, expulsá-los para o exterior. Contudo, não é bem assim, pois o intestino grosso desempenha uma intensa actividade, fundamental para a saúde - entre outras coisas, é aqui que se obtêm algumas vitaminas indispensáveis, é absorvido um valioso líquido que serve de veículo para o processo digestivo, mas que o organismo deve recuperar para outras funções, e onde se excretam produtos cuja acumulação no corpo se torna inoportuna ou tóxica, devendo ser eliminados.

A importância do que ocorre no intestino grosso evidencia-se quando se verifica um problema na sua actividade: caso os resíduos sejam eliminados precocemente (diarreia), pode levar à perda de uma grande quantidade de líquidos que, em alguns casos, pode provocar desidratação; pelo contrário, caso levem muito tempo a ser eliminados, como ocorre em caso de obstipação, surgem patologias consequentes à retenção de elementos que causam um mal-estar geral.