Bócio simples

O bócio simples consiste numa dilatação da provocada pelo consumo insuficiente de iodo.

Causas

Topo

Normalmente, a doença é provocada pelo consumo insuficiente de iodo, mineral essencial para o fabrico das hormonas tiróideas, cuja assimilação dietética mínima necessária é de cerca de 125 a 150 µg por dia. Esta alteração afecta, sobretudo, populações de zonas montanhosas onde o iodo é escasso, como acontece em determinadas áreas do planeta (Alpes, Cárpatos, Andes ou Pirenéus).

Perante um défice de iodo, a glândula fabrica quantidades reduzidas de hormonas e, em resposta, a hipófise aumenta a sua produção de tirotropina, o que estimula a actividade da tiróide. Como consequência, as células dos folículos tiróideos aumentam de tamanho, de forma a aproveitarem ao máximo a reduzida quantidade de iodo presente no sangue e produzirem a quantidade de hormonas suficiente para satisfazer as necessidades básicas do organismo. Normalmente, a glândula consegue este objectivo, mas para tal tem que se dilatar de maneira uniforme e difusa.

Manifestações

Topo

A manifestação característica corresponde ao aparecimento de um inchaço na parte inferior do pescoço. Inicialmente, o inchaço é reduzido, mas com o passar do tempo, caso os factores causadores permaneçam, torna-se cada vez maior. Se os factores responsáveis não forem corrigidos, a tiróide pode alcançar dimensões exageradas, podendo até comprimir algumas das estruturas adjacentes, o que pode originar vários problemas: dificuldade respiratória, em caso de compressão da traqueia; rouquidão, quando afecta os nervos que controlam as cordas vocais; dificuldades na deglutição, se comprimir o esófago, entre outros.

Normalmente, a dilatação difusa da tiróide é suficiente para compensar a escassez de iodo na alimentação. Desta forma, a glândula consegue satisfazer as necessidades hormonais - por isso, normalmente, o bócio simples não é acompanhado de manifestações gerais, pelo menos durante alguns a anos.

Tratamento

Topo

Quando o bócio simples é provocado por uma carência de iodo na alimentação, o tratamento baseia-se apenas na sua adequada assimilação, através do aumento do consumo de produtos ricos neste elemento ou do recurso a administração de produtos com iodo. Caso a doença se deva ao consumo de algum alimento ou medicamento que interfira na produção de hormonas tiróideas, este terá de ser eliminado para que a glândula volte ao seu funcionamento normal. Em ambos os casos, o tamanho da tiróide vai-se reduzindo progressivamente, embora por vezes já não consiga voltar às suas dimensões normais. Só é necessário o recurso à cirurgia (extracção de parte da glândula) se o seu volume for tão exagerado que comprima as estruturas adjacentes ou, então, com fins estéticos.
Para saber mais consulte o seu Endocrinologista
Este artigo foi útil?
Artigos relacionados
Procurar Médicos
Precisa de ajuda?
Porque perguntamos?
ENDOCRINOLOGISTASVer todos
Dor lombar e ciática Aparelho locomotor/exercício físico
Dor cervical Aparelho locomotor/exercício físico
Artrose Aparelho locomotor/exercício físico
Nódulos e pólipos das cordas vocais Aparelho respiratório/glândulas endócrinas
Lesões dos meniscos Aparelho locomotor/exercício físico
Tumores benignos do ovário Aparelho reprodutor/sexualidade