Pulmões

O organismo humano necessita de uma constante troca de gases com o exterior: por um lado, precisa de assimilar oxigénio, um elemento indispensável para a actividade celular; por outro, tem que se libertar do dióxido de carbono produzido como resíduo do metabolismo, cuja acumulação pode tornar-se tóxica. Os órgãos encarregues desta missão são os pulmões, os quais ocupam a maior parte da cavidade torácica e estão, através das vias respiratórias, em comunicação directa com o exterior, já que no seu interior, composto por inúmeros pequenos sacos denominados alvéolos, o ar e o sangue estão muito próximos. Estes encontram-se apenas separados pelos finos septos alveolares e pelos vasos capilares que sulcam os pulmões, sendo através destas delicadas membranas que se produz a troca de gases.

Uma das principais propriedades dos pulmões é a sua elasticidade, pois permite-lhes distender e recuperar novamente o seu volume inicial - podem chegar a conter mais de 5l de ar no seu interior. Os movimentos rítmicos que se repetem sem cessar nas sucessivas inspirações e expirações, com a renovação do ar que contêm, asseguram em definitivo esta função.

Todavia, apesar da sua quase perfeita adaptação as funções e mesmo contando com eficazes mecanismos defensivos, os pulmões encontram-se entre os órgãos mais frequentemente afectados por vários tipos de problemas e doenças. Por um lado, o ainda muito comum hábito de fumar e, por outro lado, a crescente contaminação do ar que respiramos favorecem o desenvolvimento de inúmeras doenças pulmonares.