Leucocìtose

Termo utilizado para designar um aumento significativo dos leucócitos ou glóbulos brancos no sangue.

Definição e tipos

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Considera-se que existe uma leucocitose quando a concentração de glóbulos brancos do sangue, ou leucócitos, é superior ao seu limite máximo normal - cerca de 10 000 por milímetro cúbico de sangue. Todavia, é possível distinguir vários tipos específicos, de diferente significado e origem, conforme o tipo de glóbulos brancos cujo número se encontra elevado.

Neutrofilia. Corresponde ao aumento do número de granulócitos neutrófilos acima dos 7 500/mm' ou de 75% do total de leucócitos. Embora também possa ser originado por uma leucemia ou por um tumor invasor da medula óssea, na maioria dos casos, é provocado pela existência de um processo infeccioso, sobretudo de origem bacteriana, ocorrendo igualmente perante problemas inflamatórios de diversa índole e em pacientes com grandes queimaduras ou politraumatizados. Todavia, também pode surgir de maneira passageira perante circunstâncias triviais como, por exemplo, ao longo do período de ovulação, numa situação de stress ou após o exercício físico.

Eosinofilia. Consiste no aumento dos granulócitos eosinófilos acima dos 500/mm3 ou quando a sua proporção relativa supera os 5% do total de leucócitos. Pode ocorrer ao longo de várias parasitoses, em algumas alergias ou doenças auto-imunes, embora as circunstâncias que possam gerar uma eosinofilia ligeira sejam muito variadas.

Basofilia. Corresponde ao au-mento do número de granulócitos basófilos acima de 1% do total de leucócitos. Pode ocorrer ao longo de reacções alérgicas, sobretudo rela-cionadas com medicamentos e alimentos, em algumas infecções virais, na policitemia e na cirrose hepática.

Linfocitose. Consiste no aumento do número de linfócitos acima dos 3 000/mm' ou de 30% do total de leucócitos, embora alguns autores prefiram reservar o termo para aumentos superiores a 4 500/mm3 ou 50% do total de leucócitos. Pode ocorrer devido a várias infecções bacterianas e virais, bem como no período de recuperação de outras, como consequência da actividade do sistema de defesa perante o agente invasor.

Monocitose. Corresponde ao aumento do número de monócitos acima dos 1 000/mm' ou 7 a 9% do total de leucócitos. Pode ocorrer devido a doenças auto-imunes (como a artrite reumatóide ou o lúpus eritematoso disseminado), determinadas infecções bacterianas crónicas, determinadas infecções virais e em algumas parasitoses (paludismo). Também pode ocorrer como consequência de um tumor maligno, nas leucemias e na doença de Hodgkin.

Informações adicionais

Reacção leucemóide

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O aumento do número de leucócitos, quer seja do conjunto ou de algum dos seus tipos, pode ser uma reacção passageira perante uma grande variedade de doenças ou circunstâncias de diversa índole, muitas delas de prognóstico benigno. Contudo, pode tratar-se também da manifestação de uma leucemia, sempre potencialmente grave. Por isso, é muito importante diferenciar ambas as situações, o que pode obrigar o médico a solicitar, para além de análises de sangue para determinar as características morfológicas das células sanguíneas, outros exames variados para elucidar a questão.



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