A utilização de raios X para o estudo do coração é extremamente útil, pois permite determinar o estado, forma e tamanho do órgão e dos grandes vasos, fornecendo dados que podem orientar o diagnóstico de diversas patologias.
A utilização de raios X para o estudo do coração é extremamente útil, pois permite determinar o estado, forma e tamanho do órgão e dos grandes vasos, fornecendo dados que podem orientar o diagnóstico de diversas patologias.Os raios X atravessam os tecidos do organismo, mas são reflectidos em maior ou menor proporção, segundo a densidade dos mesmos, na película da placa colocada no outro lado do corpo: os tecidos menos densos, que contêm ar (como os pulmões), deixam passar mais facilmente os raios X, que são impressos na placa, produzindo uma imagem escura; por sua vez, os tecidos mais densos, como os ossos ou o próprio coração, dificultam a passagem dos raios X, que não chegam a projectar-se sobre a película da placa, sendo traduzidos em imagens claras. Desta forma, o coração pode reflectir-se com bastante precisão nas radiografias, já que se trata de um órgão mais denso do que o resto das estruturas torácicas que o rodeiam.Geralmente, o médico solicita uma radiografia simples do tórax em posição póstero-anterior, ainda que muitas vezes também peça outra de perfil. Como é óbvio, as imagens obtidas, para quem não tenha experiência na matéria, não são totalmente claras ou fáceis de compreender, pois os tecidos que modificam o trajecto dos raios X são muito variados e sobrepostos e a placa reflecte-os a todos. De qualquer forma, o médico consegue interpretar a imagem correspondente ao coração e aos grandes vasos, delineando o que se conhece como "silhueta cardíaca", através da qual pode observar se este apresenta alguma característica anormal e se esta pode corresponder a uma determinada patologia. Por vezes, a radiografia ao tórax não é conclusiva, sendo necessário recorrer a outros exames auxiliares de diagnóstico. As radiografias devem ser realizadas apenas em casos seleccionados e não de forma rotineira, uma vez que, nos últimos anos, estudos revelaram que a exposição às radiações (embora a dose recebida seja mínima) tem um efeito cumulativo, pelo que se devem evitar exposições desnecessárias.
Para saber mais consulte o seu Cardiologista ou o seu Radiologista