Sobretudo no 1º mês de vida é essencial cumprir esta “regra das 3h” – no máximo o nosso bebé pode ficar 3h sem comer, a contar da hora de início da amamentação com leite materno, quer de dia quer de noite… o que é muito custoso para nós, porque o parto é recente e temos um pequeno e maravilhoso ser que nos esgota o corpo (e muitas vezes a mente). Mas cumprir as 3h permite uma estimulaçãoadequada e abre o caminho para uma amamentação segura. E se o bebé estiver a dormir? Pois bem, acorda-se para dar de mamar… também podemos dar de mamar com ele a dormir e ver se ele pega (muitos são os bebés que mamam mesmo a dormir). Aqui, o ditado “dormir é meio sustento”, não serve.
A cada mamada, o leite inicial serve para hidratar, repor os níveis de açúcar e fornecer proteínas, sendo por isso mais aquoso. À medida que o bebé se vai alimentando, o leite torna-se mais espesso por se tornar rico em gordura para que o nosso bebé possa ganhar peso, crescer e ficar satisfeito. Assim, só devemos oferecer a “2ª mama” se após o esvaziamento da primeira, o bebé ainda tiver fome ou se tivermos dúvidas se ele se comeu o suficiente. Não esquecer que na mamada seguinte devemos começar pela mama onde o bebé mamou menos.
Ambos. Ou seja, depois de mamar, deve-se elevar o bebé (sentado ou ao colo), mas não é preciso ficar “1h à espera” do dito “arrotito”. Se passados uns minutos não acontecer, podemos deitar o bebé. Provavelmente, algum tempo depois ele vai-se “queixar” ficando mais agitado e nessa altura voltamos a pegar-lhe para ter o nosso tão desejado arroto. Mas nem todos os bebés precisam de arrotar sempre, e não há nenhum problema.
E hoje ficamos por aqui. Apesar de o aleitamento materno ser o melhor que podemos dar aos nossos príncipes e princesas, (e devemos tentar por o conseguir), às vezes não se consegue uma boa amamentação… e isso não deve ser um fator de ansiedade para a mãe. Enquanto se conseguir amamentar, ótimo, mas não devemos deixar-nos levar pelo extremismo da obrigação em amamentar, tão apregoada e muitas vezes prejudicial para a saúde emocional da mulher e vínculo entre a mãe e o bebé. Da mesma forma, a opção por não querer amamentar é igualmente lícita e uma decisão individual da mulher, no máximo, uma decisão do casal. Não é o facto de amamentar ou não que faz de nós melhores ou piores mães. O que interessa é o bem-estar do bebé.
Até breve,
Brenda, Mãe de dois Príncipes e Médica de Família
*Artigo de opinião de maio de 2015 no Blog - The Cute Mommy.